domingo, 25 de abril de 2010

Cativa-me.

Depois de tanto tempo ornamentar e escolher o tecido certo, o laço se desfez.
Não adiantou o verde-brilhante, o azul-céu e o vermelho-amor. Não adiantou escolhê-lo na alvorada, ao pôr-do-sol ou ao luar.
O laço foi dado, mas o nó, não forte o bastante, se desfez e uma ventania veio e o levou. E com ele, a história. Uma pequena história eu cabe numa garrafinha.
A história se foi. Mas a menina ficou. Com passado dela voado, o presente está a deriva, ele está perambulando por ai, sem rumo... esperando um novo laço.

Mas se alguém decidir tentar atar outro nó, um outro laço, tenha consciência e certeza, por favor. E com isso, cativa-me.

Cativa-me, mas não esqueça de apertar o laço. E dar um nó bem dado. Porque se for para soltar, antes cortar o pano do que deixá-lo se desfazer.

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